01/03/2009

Perdendo-me


Continuo a transcrever-me por linhas tortas
Em papel avulso, lacrado
Riscado em dobras, rascunho de mim

Sinto-me língua morta
Por entre gírias tão populares
E esse meu grito mudo, em que me resumo
É sempre contra mão de respostas

Transeunte
Por discrepantes multiplicidades de vidas
Não sucedendo
Transfiguro-me em mascaras
Sobrepostas em desarranjo

Carta fora do baralho
Dissimulo-me
Na ânsia de me tornar mera peça lograda
Desse jogo da vida, sem regras
Complexo quebra-cabeça

Ítalo Bbg

2 comentários:

Anônimo disse...

Fiquei encantada com este poema e confesso que este foi um dos melhores poemas seus que já li, senão o melhor. Axo que o melhor, apesar dos outros terem estilos diferentes.

Simplesmente perfeito!

Neste momento tenho tanto orgulho de ser sua namorada.. nooossa! Meu adinho é poeta! E dos bons!

To até envergonhada de por poema em meu blog..aff.. esse homem é tudo e mais um tanto...rsrs

Te Amo!
Parabens!

entre-caminhos disse...

bonito o poema.
eu sempre sinto de vez em quando o q vc descreveu.

"carta fora do baralho"